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Teresina - Piauí

Conheça a história de seu Numeriano, que há 49 anos cuida do Albertão

Após dois anos, o Albertão estará aberto ao público essa noite e seu Numeriano nos contou sua história.

Seu Numeriano Sá Filho fazia um curso de Administração na antiga Escola Técnica do Piauí quando soube que o então governador Alberto Silva, estava à procura de alguém que ficasse responsável pela portaria do estádio homônimo. O ano era 1973 e de lá para cá, são 49 anos em que seu Numeriano cuida do Gigante da Redenção, palco do duelo entre Fluminense-PI e Santos, nesta terça-feira, pela Copa do Brasil.

Hoje coordenador no Albertão, seu Numeriano conversou com o GP1 Esporte e falou sobre a volta da torcida ao estádio, que esteve fechado para o público após uma briga envolvendo torcidas na Copa do Nordeste em 2020. Enquanto as marcações do gramado eram retocadas após a chuva que atingiu Teresina na terça-feira (7), ele nos levou por entre os corredores e cadeiras do Gigante da Redenção.

“É como uma mãe que perde o filho”

A frase acima denota um sentimento: saudade. O espetáculo do futebol não faz sentido sem os torcedores, afinal, não fossem os expectadores nas arquibancadas, a palavra por si só ficaria vazia de significado. Foi assim que o Albertão esteve durante dois anos, mas essa noite, as cadeiras do Gigante da Redenção voltarão a receber público. “A gente se sente abandonado, tendo todo dia ter que trabalhar para manter aqui, no maior sacrifício, aqui são poucos funcionários e a gente vai levando”, disse seu Numeriano sobre o retorno.

Foto: Lucas Dias/GP1Seu Numeriano é responsável pelo Abertão há 49 anos
Seu Numeriano é responsável pelo Abertão há 49 anos

Seu Numeriano só faz uma refeição em casa durante todo esse tempo, é o jantar. O coordenador chega ao estádio às 6h30 todos os dias e fecha as portas do Gigante às 18h30. Na expectativa de deixar tudo aplumado para a partida de logo mais a noite, são 3 dias dormindo no local.

Recepção ao time de Santos

Com o coração Rubro-Negro, seu Numeriano não esconde o apreço que tem pelo clube Alvinegro. Um santista ilustre, Mano Brown, disse no podcast ‘Podepah’ que “o Santos é o retrato do Brasil. O clube mais brasileiro não é o Corinthians, é o Santos. É um jeito bem brasieiro”, declarou o rapper santista. Pelo visto, esse pensamento não é exclusivo do líder dos Racionais MC’s.

Foto: Lucas Dias/GP1O Albertão será o palco do confronto entre Fluminense-PI e Santos
O Albertão será o palco do confronto entre Fluminense-PI e Santos

“Eu sou flamenguista, mas eu torço muito pelo Santos. Quem que não gosta do Pelé, que só foi jogar fora quando já estava praticamente parado. Tem o Neymar também que é uma referência muito grande para nós que somos apaixonados por futebol. E tem vários outros que nós vimos jogar por aqui, como o Pepe, Edu”, declarou seu Numeriano.

Com capacidade para 50 mil pessoas, o Albertão está apto a receber hoje, 4.050 torcedores e torcedoras, devido às restrições e será o palco do confronto entre o Fluminense-PI e o Santos, pela 2ª fase da Copa do Brasil, às 21h30.

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