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Facções tocam o terror e número de assassinatos explode em Teresina

Somente nesta semana a capital piauiense registrou 11 mortes violentas, dentre elas um latrocínio.

A cidade de Teresina há muito tempo vem sofrendo, refém da violência desenfreada. Não bastassem os assaltos, que já se tornaram rotina na vida dos teresinenses, é notório o crescimento no número de assassinatos na capital. Grande parte desses crimes de homicídio tem relação com a disputa entre facções criminosas, que vêm tocando o terror por todos os bairros teresinenses. A maioria das vítimas são jovens, que a cada dia entram mais cedo no mundo do crime e, como consequência, acabam encontrando um trágico fim. Contudo, além dos crimes de execução, trabalhadores inocentes estão tendo suas vidas ceifadas durante assaltos, da maneira mais covarde possível.

Os números assustam. Somente nesta semana, Teresina registrou 11 mortes violentas. No domingo (14), um jovem identificado como João Vitor dos Santos, 18 anos, foi assassinado a tiros dentro de uma casa no bairro Jardim Europa, zona sudeste de Teresina. Na segunda-feira (15), a polícia localizou os corpos de dois adolescentes que haviam desaparecido no sábado, dia 13. Luian Oliveira e Anael Natan tinham sido vistos pela última vez em um bar na zona leste de Teresina. Também na segunda (15) o jovem Thalyson Pedreira de Sousa, 21 anos, foi executado com vários disparos de arma de fogo no residencial Parque Brasil IV. Ele estava jogando bola com amigos em um campo de futebol quando foi morto.

Já na manhã de terça-feira (16) outro jovem, identificado como Pedro Josef, foi perseguido e executado a tiros dentro de um carro na Avenida Duque de Caxias, também na zona norte.

Foi na noite da terça (16) que um crime de latrocínio ganhou repercussão e despertou ainda mais revolta na sociedade teresinense. O senhor Marcelo Mendes da Silva, 35 anos, foi assassinado simplesmente por ter reclamado com assaltantes que roubaram seu celular. Os criminosos já tinham ido embora, mas de longe ouviram a vítima reclamar e voltaram, atirando covardemente contra o peito do trabalhador, que morreu na porta de casa, na frente da mãe. Marcelo Mendes trabalhava como pedreiro e mototaxista.

Na quarta-feira (17), mais dois homicídios. Durante a tarde, um jovem identificado como Emerson Vieira, 21 anos, foi assassinado a tiros na Avenida Maranhão em plena luz do dia, enquanto trabalhava lavando carros. Já na parte da noite, o adolescente Feliciano Araújo, 17 anos, também foi morto com vários tiros no Parque Brasil, na zona norte. Ele foi executado na porta de casa.

Já nas primeiras horas desta quinta-feira (18) um criminoso morreu após realizar vários assaltos na região. Segundo informações preliminares, ele estava cometendo os crimes em uma moto quando uma pessoa, ainda não identificada, revoltada com a situação, efetuou disparos contra o bandido, que morreu poucos minutos depois.

Na tarde desta quinta (18) foi registrado o décimo homicídio dessa semana. Um jovem de 18 anos identificado como João Victor Viana dos Santos foi executado com vários tiros, próximo à uma horta localizada na Vila São Francisco, zona norte de Teresina.

Fechando a semana, na noite desta sexta-feira (19) uma mulher ainda não identificada foi assassinada com um tiro nas proximidades da BR 316, na zona sul de Teresina. Segundo testemunhas, ela era moradora de rua.

Em meio a esse verdadeiro caos, o cidadão sai de casa todos os dias para trabalhar sem saber se vai voltar, uma vez que não há nenhuma atitude enérgica por parte da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

Nem mesmo a recém-inaugurada Força Estadual Integrada de Segurança tem demonstrado potencial para coibir a violência, e assim, os teresinenses se veem de mãos atadas, entregues à própria sorte.

Está passando da hora do secretário de Segurança, Rubens Pereira, assumir uma postura mais rigorosa e lançar mão de todo o aparato das forças de segurança para combater a criminalidade, seja no âmbito investigativo, seja no ostensivo, com polícia na rua, impedindo que mais vidas sejam perdidas.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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